Eu amo as borboletas.

Particulamente, sempre admirei as borboletas. Não somente pela beleza, pelas cores ou pelo dom de voar. Mas sim, porque antes de serem lindas borboletas, foram lagartas que causavam estranheza devido suas feições nada agradáveis. Fico pensando no desenvolvimento delas...de delicados e quase minúsculos ovinhos para lagartas grosseiras e amedrontadoras, depois ficam quentinhas, protegidas e escondidas dentro de um casulo num momento de solidão e preparação, até que, surpreendentemente, desabrocham tão bem desenhadas, com asas de textura, contornos e cores harmoniadas resultantes da mais primorosa combinação.
As borboletas são verdadeiros exemplos de vida e de tranformação. São professoras da vida, que nos ensinam sem voz, sem cobranças e sem nenhuma intenção. Agora imagine, como seria se humanidade entrasse num casulo e saísse de lá renovada? Como seria se cada um de nós entrassemos em nossos casulos e pensassemos sobre o bem que fizemos, sobre o que aprendemos e sobre o que acrescentamos em alguém? O casulo do ser humano é a reflexão, pode até não ser palpável como o das borboletas, mas é tão real e poderoso quanto o delas.


(Kennya Cerqueira)

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