Borboleta de mim

Quantas fui...
Inúmeras vezes pequena demais que sobrava espaço quando me colocava nas suas próprias mãos.
Quantas deixei de ser...
Neguei e falei baixinho quando na verdade eu gritava por dentro; um furacão disfarçado de calmaria.
Hoje, por todas que fui e deixei de ser, tornei-me borboleta de mim.
Suas mãos é que ficaram pequenas demais pra me segurar
e o mundo, que antes me cabia inteira encolhida, é só espaço por onde posso voar...

E como é bom saber que posso pousar nas flores e descansar do fardo de ser exatamente quem eu sou.





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